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Este post é de utilidade pública. Possui informações preciosas tanto para os pais que estão prestes a terem bebês, quanto aos fotógrafos que pretendem fotografar partos de seus clientes.
Quem já tentou contratar um fotógrafo que não pertença a “seleta” lista de quase todos os hospitais do país, sabe muito bem do que vamos falar agora. Assunto delicado, polêmico, indigesto que normalmente as pessoas evitam tocar.
Uma das minhas paixões na fotografia são os partos. Não fiz tantos assim. Gostaria de ter feito mais mas infelizmente as máfias dos hospitais tem sido um obstáculo para mim e para minha equipe de fotógrafos. Acho que isso não é uma reclamação só minha. Acontece em todas as cidades do país ou pelo menos nas maiores cidades do nosso Brasil.
Pela ordem natural, se eu fotografo um casamento e atendo bem meus clientes, eles provavelmente me contratarão para uma sessão de gestante e logo após a gestação vão querer que eu registre o ápice de sua história, o nascimento de seu(s) filho(s), como nas imagens abaixo.
O que são as máfias dos hospitais? É simples, funcionam assim. O casal que vai dar a luz é obrigado a contratar uma empresa que é “credenciada” pelo hospital e qualquer outro fotógrafo que não esteja na lista (normalmente só há uma empresa credenciada) fica impedido de fazer o registro. Isso mesmo, por várias vezes fui impedido de fotografar nos hospitais da cidade de Belo Horizonte, onde moro. Hospitais de ponta, os melhores, diga-se de passagem.
Quando falo de credenciamento, me refiro a uma empresa que paga uma participação ao hospital para estar lá dentro. Até aí não vejo problema. Concordaria em pagar ao hospital sim, pela roupa cirúrgica utilizada e uma taxa que ele achasse convenientes, desde que, o meu cliente, o casal que me contratou soubessem disso. O meu primeiro questionamento é que os casais não sabem disso. Por que será que os hospitais não agem de forma transparente quanto as taxas? A segunda questão é, por que mais de uma empresa não pode trabalhar no hospital? Alguns hospitais dizem que é arriscado pois envolve a saúde. Concordo em gênero, número e grau. No entanto, por que não criar um curso ou treinamento para os os outros fotógrafos que desejam trabalhar também? Estranho não?
Bom, para piorar, os hospitais, quando obrigam o casal a contratar o FULANO DE TAL FOTOGRAFIA, infringem o Código de Defesa do Consumidor que diz ser isso VENDA CASADA.
Eu não tenho nada contra as empresas que prestam serviço de fotografia e vídeo dentro de tais organizações embora tenha visto coisas absurdas. Já vi empresa de foto e vídeo que contrata estudantes da área de saúde, entregam uma câmera em suas mãos e estes, sem saber o que fazer, se encarregam de fazer, simultaneamente, no mesmo parto, foto e vídeo. Isso, foto e vídeo junto. É mole? Para piorar, esses profissionais da área de saúde aceitam o “desafio” porque essas horas de foto e video no hospital contam como horas de estágio obrigatório em seus cursos superiores. Para mim, desrespeito total com o cliente! Uma câmera na mão não faz de ninguém fotógrafo. É óbvio que não podemos cobrar um resultado superior de estudantes de enfermagem ou fisioterapia que nunca desejaram ser fotógrafos. Concorda?
Vamos ao que interessa? Um casal de clientes meus, hoje amigos, burlaram as armadilhas da máfia de um “Poderoso” hospital de Belo Horizonte e fizeram um guia passo a passo para que nós, fotógrafos e pais possamos a partir de agora exigirmos nossos direitos. Só depende de nós! O guia foi apenas transcrito com as palavras do casal R e M que por motivos de segurança não citarei o nome.

Passo-a-Passo para conseguir que o seu fotografo acesse sua maternidade para tirar fotos

Com a gravidez de minha esposa e proximidade do parto descobri que há um acordo de cavalheiros (leia-se, máfia) entre hospitais maternidade e empresas de fotografia. O hospital força que, caso o paciente deseje fotografar o parto, o serviço seja prestado pela empresa X.

Eles alegam que os profissionais da dita empresa já possuem a prática da sala de parto e que não irão colocar o paciente (e consequentemente o hospital) em risco.

Diante deste cenário descrevo a estratégia que usei para conseguir sua entrada na MATERNIDADE Otaviano Neves em Belo Horizonte.

Primeiro Passo: Documentar o procedimento ilegal do Hospital

Envie para o Hospital um email solicitando informações sobre como fotografar o parto.
Certamente, para cumprir o acordo de cavalheiros, o Hospital irá indicar a empresa X.

Segundo Passo: Solicite um orçamento na empresa X

Solicite um orçamento da empresa X para documentar a ilegalidade. Ao pedir o orçamento (preferencialmente por escrito) mencione que foi uma indicação do hospital. Peça que a empresa envie por escrito o orçamento para tê-lo como documento registrado.

Terceiro passo: Manifeste seu desejo

Agora que você já tem registrado que hospital está indicando uma empresa e já está com o orçamento da empresa em mãos, manifeste o seu desejo de realizar as fotos com o seu fotógrafo. Pergunte se há alguma objeção e se eles podem fornecer uma autorização por escrito para que o fotografo tenha acesso à sala de parto.

Se o hospital realmente cumprir o acordo de cavalheiros ele irá se opor ao seu desejo neste momento. É importante que você tenha esse posicionamento de oposição registrado! Peça por email!

Se o hospital te informar por telefone, responda ao e-mail anteriormente enviado mencionando o posicionamento do hospital: “de acordo com o contato telefônico recebido de VSas. não poderei realizar as fotografias com meu fotografo pois, segundo sua orientação, somente profissionais da empresa X podem realizar o parto”.

Quarto passo: Conteste

Para que a situação ganhe a importância devida, vá ao hospital/maternidade pessoalmente e peça para falar com a pessoa que manteve contato com você por e-mail.

Seja sempre muito, muito, muito educado – afinal de contas, seu filho vai nascer neste lugar, tá lembrado?!
Manifeste o desejo de fazer as fotos com o seu fotografo e argumente que eles são um hospital e não uma empresa de fotos. Use aqueles jargões de “venda casada” e, se for o caso, diga que irá entrar com um “mandado de segurança” para que o seu direito seja respeitado.

O que o hospital pode dizer:

Argumento: os fotógrafos da empresa X são treinados nos procedimentos de sala de parto, portanto não se trata de violação da Lei 8.078, 39o artigo, inciso I (“venda casada”), pois o parâmetro de escolha é técnico, não comercial.

Contra-argumento: elogie a preocupação do hospital com a redução de riscos que podem levar à infecções e etc. e afirme que, igualmente, seu fotografo possui a experiência necessária e o conhecimento técnico para respeitar tais procedimentos. (CASO ELE TENHA, É CLARO). Force o máximo possível para que o hospital ceda, mas que faça isto de forma documentada.

Porém: se o hospital disse que “os fotografos são treinados nos procedimentos”, fique esperto, pois neste caso o hospital deve oferecer algum curso que habilite os profissionais. Neste caso, o curso precisa ter uma divulgação ampla pelo menos dentro do hospital, senão é apenas uma desculpa para forçar a venda.
Bom, como estamos falando de uma máfia, as chances de isto ocorrer são pequenas, mas fique de olho pois você pode pedir ao seu fotografo para que faça o curso do hospital e seja também um profissional credenciado. Ai tudo fica mais facil….

Argumento: segundo a lei, o hospital somente pode permitir a entrada do pai na sala de parto.

Contra-argumento: use a documentação que você obteve. Com ela você tem o registro de que o hospital permitiria o acesso do fotografo da empresa X, além do pai da criança. Isso os colocará em uma saia justa danada!

Para pensar:

Em primeiro lugar, a fotografia em sala de parto é um procedimento de risco sim! Lembre-se que independente do tipo de parto, o que ocorrerá no local é um procedimento cirúrgico. Se o seu fotografo não tiver equipamentos higienizados e sobretudo muita experiência, não faça fotos do parto. Afinal o que se quer registrar é um momento feliz e não uma tragédia.
Para vocês terem uma ideia dos procedimentos de segurança que estou mencionando seguem alguns exemplos:

  • na sala de parto o fotografo não pode tocar em nada! NADA! Nos tecidos azuis (ou verdes) muito menos!
  • Ele não pode apoiar seus equipamentos em nenhum objeto da sala de cirurgia
  • Não pode transitar livremente, pois pode haver mangueiras no chão ou fios pelo caminho.
  • Não pode se colocar em posição que atrapalhe o trabalho dos médicos e enfermeiros.
  • Enfim, tem que ser uma pessoa que sabe muito bem o que está fazendo! Além de todas essas regras ele tem que tirar boas fotos!

Faça valer os seus direitos:

Como disse, documentar o procedimento do hospital é fundamental. Se ainda assim você não conseguir uma autorização para a entrada do seu fotografo, procure no fórum de sua cidade a defensoria publica e entre com um mandado de segurança. Geralmente, estes mandados são expedidos pelos juízes em até 24 hrs. Este instrumento só pode ser usado antes do parto ocorrer!

Se você foi surpreendido e teve seu fotografo impedido de entrar bem na hora do parto, não hesite: entre com uma ação por danos morais! Faça isto somente se estiver bem documentado (por escrito), caso contrario será perda de tempo.

O que os hospitais fazem ao exigir a presença de determinada empresa de fotografia é ilegal. Creio que agir da forma como estou sugerindo é a melhor, pois é a mesma forma que os clientes que aceitam a venda casada agem – o que dificulta o hospital a encontrar subterfúgios legais para manter essa máfia.

PARA FINALIZAR…..

Eu odeio brigas, principalmente as judiciais. Como os hospitais sabem que isso que fazem é errado, eles permitirão, como já permitiram o casal R e M assim como outros casais que fotografei. Vale salientar que uma outra alternativa é pedir a autorização do seu obstreta. Ele tem poder para colocar e retirar pessoas da sala de parto.

Os hospitais, enquanto não tomarmos nenhuma atitude, agirão sempre assim.

Lute pelos seus direitos. De que adianta ficamos aqui abismados com MENSALÕES se a corrupção tá bem debaixo do nosso nariz?

Sucesso a todos e voltem sempre ao meu blog!

Comentários

Primeiramente gostaria de agradecer o Vinicius pela iniciativa. Muito Bom.
Em segundo lugar agradecer por dar uma luz, já que estou brigando com a Unimed da minha cidade para garantir o direito de escolha da minha cliente. E esta postagem tem ajudado dar um norte na coisa. Apesar que agora já estou com advogado junto me aconselhando. Parabéns Vinicius, e viva a ética profissional, em qualquer que seja a área.

A Júlia do 3 comentário naturalmente deve estar com medo de perder a boquinha, não é, Júlia?!

Para a Júlia que fez o terceiro comentário, a proibição de escolha de qualquer profissional em qualquer segmento é extremamente ridícula.
E outra, vc disse que “vc nunca viveu disso e nunca vai viver” …tsc tsc … Acho que vc não conhece o trabalho do Vinicius, se trata de um dos maiores e mais requisitados fotógrafos de casamentos do Brasil, sendo assim claro que o cliente dele vai sim querer o acompanhamento de seu olhar fotográfico pela vida toda, eu mesmo não entregaria esse momento tão importante nas mãos de quem eu não conheço!
Cinceramente acho que está rolando uma certa “dor de barriga” agora que esta publicação vai ser repassada várias e várias vezes!

uma tal de Julia comentou ai, no comentario numero 3, muito mal amada, por sinal. HAUHAU. deve ser filha ou mulher de empresa corrupta da venda casada de hospitais. quanta ingenuidade menina.

O que eu ainda acho mais bizarro dessa história toda é ter um fotógrafo na sala de parto. Essa obsessão das pessoas em quererem muito mais do que fotografar e guardar a lembrança, mas sim compartilhar com os milhares de amigos online um momento tão íntimo e pessoal me assusta.

Estou em uma briga com a Pro Matre que agora cobra dos fotografos e nao dos pais, uma taxa de R$ 750,00!!!
Vocês leram certo, setecentos e cinquenta reais!
E liguei para questionar se esta taxa seria cobrada somente uma vez, e uma vez cadastrado o fotografo poderia fotografar sempre lá.
Nãaaaaao, essa taxa é para cada parto!
Depois do meu questionamento, mudaram de taxa de cadastramento para taxa de utilizacao de centro cirurgico!
A empresa “oficial” deles cobra R$ 760,00 para fotografar o parto e entregar as fotos num cd.
E eles dizem que a empresa tambem paga esta mesma taxa.
Que empresa trabalharia por R$ 10,00?
Meu adv esta entrando com o mandado de sergurança, depois conto para vocês se consegui!

Foi muito bom ter visto esse blog. O sobrinho da minha cunhada nasceu há 3 meses e fiquei sabendo que o pai da criança teve que contratar uma empresa de fotografia. Achei um absurdo! Parabéns pelo blog.

Minha insatisfação é a mesma dos comentários acima.
Atuei com fotografia de parto por um bom tempo, na época em que comecei no Barra D’or, recebi as instruções básicas de NAÔ toque em nada de cor azul.E isso já me valeu pra que u soubesse que minha área era restrita e que um ato cirurgico é algo muito sério.A higienização é algo comum,óbivia.Claro!
Mas o que mais me incomodou em meu trajeto como fotógrafa, foi não poder fazer o registro de nascimento de minha neta, em São PAulo.Por saber que estava em outor Estado fui me informar das regras,Primeiro conversei com a médica da minha filha, que disse que por ela tudo bem.Mas me notificou de que eu preciava ter uma autorização do Hospital.BELEZA! Corri atrás disso com antecedência e não quizeram me dar nada por escrito.Me passaram que bastava no dia Informar na recepção que eu era a fotógrafa do parto em questão.
Ainda assim retruquei.Minha filha estava com uma gestação de risco, diabetes, pressão alta, o parto poderia ser ás pressas.Mas me informaram o mesmo. E infelismente foi o que aconteceu, muita correria no dia e além de fotógrafa eu era aa mãe preocupada com o todo procedimento e bem estar em relação aos riscos deste parto.E ainda assim, corri pra resolver minha entrada a sala pra poder fotografar.FIz tudo como me informaram, um foi passando a situação pra outro e no final me liberaram.
Mas ao chegar as portas prestes a sala de parto , meapareceu uma infermeira queme avisou que eu não poderia participar.Que só o pai entraria.QUestionei,reclamei,e ela disse que verificaria essa “Autorização”.DEpois retornou e me disse que infelizmente não poderia entrar mesmo.E que no Hospital havia um fotógrafo se assim quizéssemos era só correr e pagar R$500,00 e tudo seria feito.Isso me deixou fuka da vida.Mas pra não prejudicar o momento, meu genho entrou com uma câmera compacta e fez o que pode.Do lado de fora também pela janela que a família tem acesso fiz o que deu.Mas isso é revoltânte.Acabei não voltando lá pra esclarecer a situação.mas com certeza essa Máfia precisa ser freada.

Parabéns. Sou advogado e daria as mesmas orientações! Estou prestes a receber a minha princesinha. Conversei com boa antecedência com a equipe médica e Hospital. Não tive nenhum problema quanto a isso. Mas conversei com antecedencia justamente por conhecer a famosa indicação que existe em tantos hospitais!

Boa noite, meu nome é Kelly sou estudante de fotografia atualmente comecei um projeto de fotografia de partos no hospital de Barueri, a principio era apenas pra ter material para meu TCC mas acabou virando profissão o hospital viu a procura e se interessou,antes a entrada com câmera era autorizada desde que fosse apenas para fotografar, até que um dia foi postado na net um vídeo de um parto feito no hospital esse fato gerou processos e acabou proibindo a entrada de câmeras,muitas pessoas acharam que foi por causa do meu serviço para aumentar a procura, mas não foi inclusive eu sou contra pois pra mim a pessoa que realmente quer e dar valor a esse tipo de serviço contrata mesmo que esteja lá com a câmera em mãos como já aconteceu muitas vezes. Ja perdi muitos trabalhos por causa desses hospitais com suas equipes mas creio que tem lugar pra todos.

[…] da mulher ter um acompanhante durante o parto, pré-parto e pós parto; o segundo sobre “Como acabar com as máfias de fotografia em hospitais particulares?” no blog do fotógrafo Vinícius […]

Acho que o que mais me machuca nessa história é que essas máfias tiram o direito da mãe em comandar seu parto, é óbvio que não vou querer a empresa do hospital para fotografar meu parto natural, preciso de intimidade e cumplicidade com essa pessoa, que me conhece e sabe os limites que não deve ultrapassar. As mães deveriam se informar mais e lembrar que: “O parto é meu e quem escolhe como será sou eu!”.

Mais uma vez muito obrigado Vinícius!
Realmente é vergonhoso! E na maioria das vezes ficamos sem ação, indignados e calados! Excelente post! Excelente!

Muito bom, transparente e rico na maneira de abordar vários assuntos, inclusive este. Sucesso!!!

Excelente post, Vinicius, como você mesmo disse, de utilidade pública! Vou divulgar ao máximo, parabéns!

Muito esclarecedor, Vinicius!
Como tudo por aqui.
Eu fotografei um único parto na vida, o da minha afilhada Gaia (Fer e Ale), foi uma emoção única e considero um milagre ter conseguido!

Oi Vinicius,
sofro muito com isso, comecei a fotografar partos a mais ou menos um ano e antes conseguia entrar no centro cirurgico por ser parente da médica, até ser descoberta ! Na Perinatal (RJ) eles tem uma taxa de R$ 200,00 (!!) para fotografos de fora. Isso me fez perder muitos clientes por causa do valor, até porque eu só faço fotografia e a empresa da maternidade filma e fotografa ao mesmo tempo !!! Gostei muito do post mas não sei se os pais entrariam nessa luta. Será que teria uma forma de nao envolver os pais? Se quiser dar uma olhada no meu trabalho http://www.lizamoreira.com.br !
Ah… e nós também somos “parentes”, sou a neta agregada do nosso querido Walter Firmo ! haha

Abraços,

Olá Vinicius! Fotografo partos há pouco mais de um ano e de vez em quando esbarro com esse problema de não autorizarem minha entrada. Quase todos os hospitais aqui, quando consultados, dizem que não permitem, mas que se o obstetra autorizar, tudo bem. E é assim que consigo entrar.
Entretanto, um dos hospitais mais procurados de Brasília não permite de jeito nenhum. Já entrei em contato com a enfermeira chefe do centro cirúrgico, expliquei que sei me portar e que sei os cuidados necessários dentro de uma sala de cirurgia, até me ofereci pra apresentar meu trabalho, fazer um curso caso tivessem ou passar por uma qualificação do hospital. A resposta: não. Até que percebi o real motivo… há uma empresa credenciada dentro do hospital, que não é nem de fotografia. É de filmagem. Ainda tentei argumentar que eram serviços diferentes, mas ela foi irredutível: “já tem a filmagem!”.
Eu já tive cliente que deixou de ter bebê nesse hospital pra ter em um em que eu pudesse fotografar, afinal de contas sou a fotógrafa da família e, pelo mesmo motivo que ela me contratou para outros trabalhos, queria que eu (e não uma pessoa que ela nunca viu na vida) estivesse presente num momento tão íntimo e tão especial como a chegada de sua filha.
Várias pessoas que queriam me contratar ficaram super chateadas por não terem conseguido autorização pra minha entrada. E é um momento que não volta, né?
Achei muito bacana você ter abordado esse assunto.
Abraços

Caro Vinicius, acredito que sua intençao seja a melhor possível,no entanto sou obstetra há 12 anos e fotógrafa. Desconheço que nos serviços em que trabalhei e trabalho até hoje, a prática da venda casada seja realizada.A que se ter provas irrefutáveis para tal denúncia.Como você mesmo reconhece ,o ambiente cirurgico requer cuidados e exigem regras ditadas pela ètica que regulam a entrada de pessoas em um ambiente cirurgico.

Eu já fui conveniado, junto com outras empresas, e tenho mais que provas Juliana. O objetivo aqui é mostrar aos pais e aos fotógrafos que há hospitais que agem assim e isso é mais que óbvio. Em nenhum momento disse que não há profissionais sérios no mercado. Isso Não saiu da minha boca. Dê uma olhada no número de pessoas que entraram no meu facebook para reclamar de fatos que ocorreram, principalmente em grandes cidades. Mais uma vez repito, se alguém se sentiu ferido aqui é que a carapuça serviu. Espero que a sua não tenha servido e quem sabe vc não divulga aqui seu trabalho? Fique a vontade pois meu blog é super democrático e meu foco não são os partos mas sim casamentos, e assim não a vejo como concorrente.

Um abraço!

MUito bom seu post que foi me recomendado por uma amiga. Pena que estas fotos sao de uma CIRURGIA, A CESAREANA … que faz o nascimento horrível ate nas lentes do melhor fotógrafo. Fica uma coisa feia como uma cirurgia abdominal de uma doença qualquer.
Desejo a todos os fotógrafos a sorte, a chance de poder fazer belas fotos de um parto normal, natural, um procededimento mais simples e natural, onde o fotógrafo pode circular mais livremente. Aliás, se quiserem entrem na nossa luta pelo parto normal!! Ja estou divulgando seu post anyway.

Olá! Adorei o post! Informações essenciais, a meu ver! Sou doula e conheço vários fotógrafos que atuam em cenas de partos; gostaria de sua autorização para divulgar este post, com suas fotos, no Blog INFO Brasília – Apoio ao Parto Ativo e Humanizado (http://infobrasilia.blogspot.com.br/. Obviamente, colocarei um link direto para esta postagem. Um abraço

Excelente artigo, Vinícius! Vc orienta o passo a passo para a quebra do esquema hospitalar mafioso.

Oi Vinícius… em Campinas os fotógrafos estão passando por essa situação absurda. Já havia uma certa ‘proibição’ mas, como eu e algumas outras colegas acompanhamos partos naturais, entrávamos como parte da equipe, juntamente com as doulas, parteiras e obstetras. Nunca ninguém falava que éramos fotógrafas (embora a maternidade inteira já soubesse). Agora começou uma caça às bruxas, querem acabar com os partos naturais na maternidade… proibiram a entrada das doulas e parteiras (obstetrizes) bem como fotógrafos. Alegam que não há espaço físico. Deduzi que os fotógrafos que prestam serviços para a maternidade são mais magrinhos que os que vem de fora pois – os primeiros ‘cabem’ na sala de parto (que por sinal é imensa!). Isso porque, na maioria das vezes, não há procedimento cirurgico algum, são partos naturais, sem intervenções… são os partos mais tranquilos possíveis. E ainda assim criam caso. Enfim, será enviada uma carta à maternidade e agora é aguardar os próximos capítulos… triste isso. 🙁
Abraços,

Parabéns por denunciar! Além da ilegalidade por parte do hospital em impor a venda casada do serviço de foto, o parto é um evento íntimo demais para ser registrado por alguém que não foi da escolha da mulher.

Como assim “independente do tipo de parto, o que ocorrerá no local é um procedimento cirúrgico”???
Parto normal não é procedimento cirúrgico!!

Infelizmente, as maternidades estão cada vez mais parecidas com hotéis, visando apenas o lucro…
Principalmente os hospitais particulares e elitizados…
Temos a máfia dos fotógrafos, a máfia das cesáreas…é triste que as mulheres tenham os seus partos “roubados” e vejam um momento tão especial ser transformado em comércio…

Mas a configuração de venda casada não acontece quando o fornecedor de produtos ou serviços condiciona que o consumidor só pode adquirir o primeiro se adquirir o segundo?

E essa coisa de que um curso basta para que o fotógrafo compreenda todas as variáveis envolvidas neste trabalho é tão mirim… que dá dó do seu texto. Na grande maioria dos hospitais não há cursos e vai algum tempo até o profissional pegar o ritmo do trabalho. Não fale do que você nunca viveu, baby! E pelo jeito, nem vai viver. Conforme-se. rs

Manter uma equipe 24 horas em um hospital não é mole não. A responsabilidade é enorme, é preciso sim controlar o fluxo de pessoa, manter a harmonia da sala de parto, criar um ambiente controlável. Queria ver se você fosse o Diretor de um Hospital com 200, 300, 500 partos por mês, se o seu discurso seria o mesmo. Liberdade e segurança é o que todo mundo quer, mas não dá para ter tudo na vida. E o que prevalece dentro de uma hospital é sempre a segurança.

Pais e Mães, não se deixem levar pela visão míope desta pessoa. Em muitos hospitais, inclusive, nem há essa tão falada comissão.

Os melhores profissionais que existem, não brigam por pouca coisa como vc está fazendo. Eles estão ocupados demais sendo competentes. Você tá mais para político do que para fotógrafo. Coloque as lentes da sua cabeça para funcionar, não só as da sua câmera!

Eu estou muito feliz com meu trabalho e minha área de atuação mas não deixarei aqui de denunciar o que vi com meus próprios olhos. Meu foco é outro e nunca pretendi viver, diferente de vc, que não se chama Júlia, de fotografias de partos.

E se vivesse eu faria decentemente, pode ter certeza, sem prejudicar as famílias com registros medíocres, comissões desconhecidas e práticas pouco trasnparentes. Só acredito no sucesso a longo prazo e que não fira a ética. Qualquer empresa ou negócio bem sucedido deve respeitar a ética, assunto ainda desconhecido por muitos no nosso país. Infelizmente!

Acho que ninguém tem direito de brincar com isso e mesmo sabendo que manter uma equipe, 24 horas num hospital, não é tarefa fácil, é o mínimo, que uma empresa, que mantém o monopólio deve fazer, não é verdade? Até por que só ela pode fotografar.

Não te conheço mas te desejo sucesso e paz. Não fique brava. Se você está fazendo as coisas certas, não há necessidade de ficar brava ou magoada. Simplesmente faça sua parte e durma com a consciência em paz. Acredito que há pessoas direitas no mercado de do fotografia de partos e espero que você seja uma delas.

Abraços e luz!

Vinicius

Mais um excelente artigo, com certeza vai ajudar bastante os fotógrafos e pais, parabéns…

O Renato DPaula teve um problema semelhante no nascimento da sua filha. Um absurdo descabido. No caso dele, bateu o pé junto à diretoria do hospital e disse que procuraria um juizado e conseguiria uma liminar e posteriormente processaria o hospital.

Rapidamente abafaram o caso e permitiram a cobertura do parto com o seu fotógrafo. Sorte dele é que ele descobriu isso a tempo o que não acontece com todo mundo!

Lamentável!

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