Português
Depois de uma semana em imersão total na Chapada Diamantina, com 8 alunos de diversas partes do país, posso dizer que valeu a pena. O Workshop do Olhar deu certo e conseguimos fazer com que as pessoas não apenas participassem de um workshop mas sim tivessem uma experiência de vida única e que esta refletisse na fotografia de cada um deles.
Foram 5 dias intensos de trabalhos voltados a fotografia de gente. O povo de lençóis é muito humilde. Começamos o nosso trabalho exercitando a abordagem aos nativos em um rio próximo a cidade onde as lavadeiras profissionais lavam roupas todos os dias inclusive aos sábados onde elas se juntam as outras lavando as próprias roupas.
Depois disso passamos para atividades em sala de aula na Pousada Alto do Cajueiro conhecendo e explorando o potencial criativo de cada um dos alunos. Fizemos alguns testes e dinâmicas fotográficas em grupos. Tudo isso preparando-os para a primeira prática assistida que aconteceu no mercado local de Lençóis. Primeira grande experiência com o povo local que toda segunda feira se reúne para a compra e venda de mercadorias: frutas, legumes, verduras, roupas, carne, peixe, cachaça e tudo o que você puder imaginar.
O trabalho continuou com a visita a comunidade de Marimbus, ex quilombo, onde pudemos conhecer e fotografar o processo de fabricação da farinha de mandioca e ainda pudemos fazer um belíssimo passeio de barco pelo mini-pantanal.
As noites dos nossos encontros não eram de folga, passávamos horas dando feed back aos trabalhos feitos durante o dia, muito proveitosas por sinal. O maior desafio foi o dia em que fomos todos para uma comunidade local, chamada de Sem Terra ou Sem Teto onde as mais de cem famílias vivem em condições precárias e desumanas. No início podíamos ver a emoção nos olhos de todos os integrantes do grupo que ainda não tinham tido um contato tão próximo coma miséria que assola algumas partes do nosso país. Com certeza quando o coração é tocado de forma real e contundente torna-se mais fácil fazer com que a fotografia se torne mais emocionante. Eu confesso que saí também muito mudado de tudo isso. Eu tinha certeza que a comunidade era carente mas não sabia que a situação deles fosse tão precária. Cada um dos 8 ficou responsável por contar a história de uma família, pessoa ou acontecimento nesta comunidade e isso fechou com chave de ouro o nosso trabalho que prefiro chamar de “EXPERIÊNCIA DO OLHAR”! Sabe por que? Porque saímos de lá mudados, a vida nem a fotografia serão as mesmas depois desses dias juntos na Chapada Diamantina.
Agradeço a Ivone Damas que me acompanhou dando um suporte psicológico e ajudando cada um encontrar o seu potencial criativo, ao Henrique que me deu total assistência, a toda equipe da Pousada Alto do Cajueiro, e especialmente aos alunos Adriana, Belinha, Cris, Felipe, Gus, Lele, Pedro e Ribas por virem abertos para novas idéias que não foram nem um pouco tradicionais.A boa vontade e abertura de vocês foram fundamentais para o aprendizado e eu particularmente adorei o resultado do último trabalho que deu origem aos slideshows que veremos a seguir.
Abrirei aqui então mais uma votação para o melhor slideshow, segundo meus leitores, que deverão votar através do campo destinados aos comentários segundo as regras abaixo:
1. Cada pessoa deve votar apenas uma vez. Se detectarmos mais de um voto do mesmo computador interpretaremos como fraude anulando os votos e em caso de reincidência anularemos o slideshow em questão.
2. A votação deve ser feita apenas no campo dos comentários com o número do slideshow bem visível.
3. A votação é válida até a meia noite do dia 22 de julho de 2010.
4. Não serão válidos os votos em 2 ou mais slideshows.
5. O ganhador leva um LED ET da Energia.
6. Caso haja empate entre dois ou mais participantes reservo-me ao direito de definir o vencedor.
Obrigado mais uma vez a todos os envolvidos! A partir de agora está valendo!
English
After a week of total immersion in Chapada Diamantina, with eight students from various parts of the country I can say it was worth. The workshop went well and we tried to make people not only participate in a workshop but having a unique life experience and that this would reflect on their photograph.
Were five days of intensive work aimed to people photography. The people of Lençois are very humble. We began our work by exercising the approach to the natives in a river near the town where the professional laundresses wash clothes every day including Saturdays where they join the others by washing their own clothes.
After that we went to activities in the classroom at the Pousada Alto Cajueiro knowing and exploring the creative potential of each student. We did some tests and dynamic photographic groups. All this prepares them for the first practice assisted that happened in the market place of Lençois. First big experience with the local people that meets every Monday for the purchase and sale of goods: fruits, vegetables, clothes, meat, fish, cachaça and whatever you can imagine.
Work continued with visits to community Marimbus, former Quilombo, where we could see the manufacturing process of mandioca flour and still do a beautiful boat ride on the mini-pantanal.
The nights of our meetings weren´t off, we spent hours giving feed back to the work done during the day, very useful indeed. The biggest challenge was the day that we all went to a local community, called the Sem Terra or Sem Teto where more than hundred families live in terrible and inhumane conditions . At first we could see the emotion in the eyes of all members of the group that had not yet had a experience so close to poverty that plagued some parts of our country. Certainly when the heart is touched so real and convincing it becomes easier to make the picture becomes more exciting. I confess that I changed a lot with all the process I was sure that the community was poor but did not know that their situation was so precarious. Each of the eight photographers was responsible for telling a story of a family, person or event in this community and it closed with a golden key our work. We prefer calling “EXPERIENCE THE LOOK”! You know why? We left there with our lifes changed and the photograph will never be the same after those days together in the Chapada Diamantina.
I thank Ivone Damas who accompanied me giving a psychological support and helping each one find their creative potential, to Henrique who gave me full support, the entire staff of the Pousada Alto do Cajueiro, and especially students Adriana, Belinha, Cris, Felipe, Gus, Lele, Pedro e Ribas for coming and an pen mind to new ideas . The good williness and openness of you were crucial for learning and I particularly enjoyed the result of the latter work that led to the slideshows that we will see below.
So I will open here one more vote for the best slideshow, according to my readers, who will vote across the comments field according to the rules below:
1. Each person should only vote once. If we detect more than one vote on the same computer will interpret as fraud nullifying the votes and in case of recurrence declassifying the slideshow in question.
2. The vote shall be made only in the comments field with the visible number of the slideshow.
3. The vote is valid until 22nd july at midnight.
4. The votes are not valid on two or more slideshows.
5. The winner takes a Energia LED ET.
6. If there is a tie between two or more participants I reserve to myself the right to define the winner.
Thanks again to all involved! From now on is valid!
Español
Después de una semana de inmersión total en Chapada Diamantina, con 8 alumnos de diversas partes del país, puedo decir que valió la pena. El Workshop de la Mirada salió bien y conseguimos hacer que las personas, no sólo participaran de un workshop, sino que tuvieran una experiencia de vida única, y que esto se reflejara en la fotografía de cada uno de ellos.
Fueron 5 días intensos de trabajos volcados a la fotografía de personas. La gente de Lençóis es muy humilde. Comenzamos nuestro trabajo ejercitando el abordaje a los nativos en un río cercano a la ciudad, donde las lavanderas profesionales lavan la ropa todos los días, incluso los sábados, donde se juntan con otras que lavan su propia ropa.
Luego, pasamos hacia actividades en sala de clase en la Posada Alto do Cajueiro, conociendo y explorando el potencial creativo de cada uno de los alumnos. Hicimos algunos tests y dinámicas fotográficas en grupos. Todo esto preparándolos para la primera práctica asistida, que fue en el mercado local de Lençóis. Primera gran experiencia con el pueblo local que todo lunes se reúne para la compra y venta de mercaderías: frutas, legumbres, verduras, ropa, carne, pescado, cachaça y todo lo que puedan imaginar.
El trabajo siguió con la visita a la comunidad de Marimbus, ex “Quilombo”, donde pudimos acompañar el proceso de fabricación de la harina de mandioca y, además, pudimos hacer un lindísimo paseo en barco por el mini-pantanal.
Las noches de nuestros encuentros no eran de descanso, pasábamos horas dando feedback a los trabajos realizados durante el día, muy provechosas dicho sea de paso. El mayor desafío fue el día que fuimos todo a una comunidad local, llamada Sin Tierra o Sin Techo, donde las más de mil familias viven en condiciones precarias e inhumanas. Al principio podíamos ver la emoción en los ojos de todos los integrantes del grupo, que aún no habían tenido contacto tan próximo con la miseria que castiga algunas partes de nuestro país. Sin duda, cuando se toca el corazón de forma real y contundente, se torna más fácil hacer que la fotografía sea más emocionante. Confieso que salí muy cambiado de todo esto. No tenía dudas de que la comunidad era carente, pero no sabía que su situación fuera tan precaria. Cada uno de los 8 tuvo la responsabilidad de contar la historia de una familia, persona o acontecimiento en esta comunidad, y esto cerró con llave de oro nuestro trabajo, que prefiero llamar de “EXPERIENCIA DE LA MIRADA”. ¿Saben por qué? Porque salimos de allí cambiados, la vida ni la fotografía serán lo mismo después de estos días juntos en la Chapada Diamantina.
Le agradezco a Ivone Damas que me acompañó dando soporte psicológico y ayudando a cada uno a encontrar su potencial creativo, a Henrique que me dio total asistencia, y especialmente a los alumnos Adriana, Belinha, Cris, Felipe, Gus, Lele, Pedro y Ribas, por venir abiertos a nuevas ideas que no fueron ni un poco tradicionales. Su buena voluntad y apertura fueron fundamentales para el aprendizaje y, a mí particularmente, me encantó el resultado del último trabajo que originó los slideshows que veremos a seguir.
Abro aquí una nueva votación para el mejor slideshow, según mis lectores, que deberán votar a través del campo destinado a comentarios, según las reglas abajo:
1. Cada persona debe votar apenas una vez. Si detectamos más de un voto del mismo ordenador, lo interpretaremos como fraude, anulando los votos, y en caso de reincidencia, anularemos el slidesow en cuestión.
2. La votación deberá realizarse solamente en el campo de los comentarios, con el número de slideshow bien visible.
3. La votación es válida hasta medianoche del día 22 de julio de 2010.
4. No serán válidos los votos a dos o más slideshows.
5. El ganador recibirá un LED ET de Energia
6. En caso de empate entre dos o más de los participantes, me reservo el derecho de definir el ganador.
¡Gracias una vez más a todos los que participaron! ¡Ya está en juego!
VÍDEO 1
Workshop do Olhar – Pedra sobre Pedra, por Pedro Peron from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 2
Workshop do Olhar – O Sorriso da Criança, por Cristiane from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 3
Workshop do Olhar – Dona Dominga, Gus Benke from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 4
Workshop do Olhar – Bairro de Ricardina, por Lele from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 5
Workshop do Olhar – Fui destinado a…, por Felipe Rezende from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 6
Workshop do Olhar – Um Brasil que eu não conhecia, por Isabel Mesquita from escoladeimagem on Vimeo.
VÍDEO 7
Workshop do Olhar – Lavando a Alma, por Adriana Araújo from escoladeimagem on Vimeo.