Era uma vez um pai tímido…… que há 3 anos atrás, antes da Luísa nascer, fugiu das câmeras e se escondeu atrás de um poste. A sua condição para participar da sessão é que apenas a sua mão aparecesse. Acredite se quiser! Eu quebrei o combinado e consegui roubar algumas imagens do Luiz escondido enquanto a Fernanda ria. Só que ele estava atrás de um poste. É isso mesmo.
Três anos depois, na gestação da Laura, segunda filha do casal …
Eis que me aparece uma mão…
E por sinal a mesma mão que acariciou o ventre da Fernanda atrás do poste! Só que agora ela exige participação especial na sessão com sua família.
(reticências)
(reticências)
(reticências)
(reticências)
(reticências)
(reticências)
(reticências)
Para algumas pessoas é muito difícil ser fotografado. Eu sou uma dessas. Nunca me sentia a vontade do outro lado das câmeras. Sempre me incomodava o fato de ser fotografado por alguém. Não sei explicar o motivo. Preciso conversar sobre isso com meu terapeuta.
Só fui entender o Luiz no ano passado, quando a amiga e fotógrafa Ana Rocha fotografou a minha família. Uma experiência de vida para mim que tem me ajudado muito profissionalmente. Estar do outro lado do jogo é entender melhor o fotografado. Sentir seus medos, incômodos. É se colocar na pele do outro. É me tornar mais paciente, mais simpático e com certeza um melhor fotógrafo.
E para fazer com que muitos percam o medo de uma câmera, nada melhor que o(s) filho(s). Ah, filhos, o que não fazemos por eles?
Obrigado a Fernanda, Luiz, Luiza, Laura pela confiança e a mão do Luiz que em em todos os trabalhos teve participação especial e decisiva.
Até a próxima sessão!