Recebi a seguinte pergunta do amigo Reidie Cavaglieri de Paulínia, São Paulo:
“…agora o que eu faço com as iniciais do meu nome dentro de uma câmera desenhada?”
Na minha visão, a marca deve transmitir a sua personalidade como fotógrafo. Você é único! Não há dois indivíduos iguais no planeta Terra.
A partir do momento em que você utiliza uma câmera fotográfica, passa a nadar em um cardume, em um mercado saturado de fotógrafos.
Sardinhas nadam assim, enquanto peixes maiores nadam sozinhos. É preciso sair do cardume para se destacar e ser valorizado. Inclusive na natureza o ato de “nadar em cardume” é uma forma de se proteger de predadores. O peixe que nada sozinho está mais exposto tanto para o sucesso quanto para o ataque de predadores. Tudo na vida tem dois lados, mas aqui vamos falar de coisas positivas.
Utilizar uma simbologia clichê ou manjada em sua marca, para mim, seria o mesmo que dizer que você é igual a maioria. Você diria para mim através da sua marca que você faz o que a maioria faz.
Eu tenho certeza que nenhum de nós quer ser apenas mais um. Uma das nossas necessidades básicas é ser reconhecido e valorizado.
Além disso há uma outra questão muito importante. Existe uma pequena parte do nosso cérebro que se chama “Cérebro Límbico” que é a responsável pela tomada de decisões. É ela quem decide se vamos comprar ou não. Ela não toma decisões a partir de dados mas sim a partir de sensações e sentimentos. Ela não sabe explicar o porque desta tomada de decisões nem domina a linguagem. Ela age instintivamente, como um crocodilo que ataca ou foge de acordo com seu sentimento de ameaça. Sim, o “Cérebro Límbico” é primitivo. Precisamos de dados para justificar nossas decisões, mas na verdade elas foram tomadas através de sentimentos. Acredite se quiser.
Que fique bem claro. Não fui eu quem descobri isso então se alguém deseja “trucar” esta teoria, favor brigar com o Sr. Simon Sinek. Não busco receber a culpa aqui.
Uma marca forte precisa atingir esta parte do cérebro. E para isso ela precisa estimular a imaginação. É necessário que ela faça o cliente imaginar, sentir e assim decidir. Uma câmera com iniciais, na minha visão, não estimulam nem um pouco a imaginação. Ela já revela tudo de mão beijada. Mais uma vez: ela é óbvia!
Eu também já tive uma câmera na minha marca e não me envergonho disso. Na época era o melhor que eu poderia fazer, e claro, eu ainda não tinha lido sobre o “Cérebro Límbico”. Sinto-me então bem a vontade para falar deste assunto. Que fique claro: continua com a câmera na logo quem quiser. Não estou dizendo aqui que todos devem mudar após a leitura do artigo. Aliás, não tenho nada com isso. Apenas tento responder aqui a pergunta de um amigo e espero que a resposta sirva ao menos para alguns. Se servir para mais gente, me sentirei melhor ainda.
O vídeo abaixo é muito interessante e explica o conceito do Cérebro Límbico de forma brilhante.
Espero que ajude. E se ajudar peço encarecidamente que compartilhe.
Um abraço a todos e bom final de semana!