Um dos maiores desafios mas também recompensas, na fotografia de pessoas, é estarmos muito próximo delas já que as histórias narradas de perto normalmente são visualmente mais fortes!
Aproximar é ser “invisível”. Ser invisível é ser visível, transparente, ao ponto dos fotografados se sentirem à vontade.
E essa gente, já confortável com a nossa presença, nos dá, silenciosamente, a permissão de nos aproximarmos.
Engraçada é essa nossa capacidade de passarmos parte da vida na defensiva.
A mesma distância que nos faz sentirmos “seguros” impede que as imagens ganhem força, tanto em significado quanto na estética.
Um dos segredinhos então é correr riscos, mostrar maids do que realmente somos e não aquele que gostaríamos de ser.
Um fotógrafo “invisível” é aquele que se revela ao ponto de não amedrontar. Ele não mete medo.
Ser invisível então é ser visível pra caramba.