Fotografia de casamento e de família – Belo Horizonte

Minas Gerais é assim!

NUDEZ MINEIRA

Dois cumpadre de Uberaba tavam bem sossegadim fumando seus respectivo cigarrim de paia e proseano.
Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta pro outro:
– Cumpadre, u quê quiocê acha desse negóço de nudez?
No que o outro respondeu:
– Acho bão, sô!
O outro ficou assim, pensativo, meditativo…e perguntou de novo:
– Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?
E o outro:
– Uai! É mió nudês do que nunósso, né mesmo?



TREM CAIPIRA


Uma mulher estava esperando o trem na estação ferroviária de Varginha, quando sentiu uma vontade de ir urgentemente ao banheiro. Foi….
Quando voltou, o trem já tinha partido. Ela começou a chorar.
Nesse momento, chegou um mineiro, compadeceu-se dela e perguntou:
– Purcaus diquê qui a sinhora tá chorano?
– É que eu fui urinar e o trem partiu…
– Uai, dona! Por caus dissu num precisa chorá não…tenho certeza bissoluta qui a sinhora já nasceu com esse trem partido….



DIPROMA


O velho fazendeiro do interior de Minas está em sua sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.
Ele chama:
– Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!
E o amigo estranha:
– Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?
– É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudar em Belzonte e ela voltou com ele!


MINEIRIM NO RIDIJANEIRO


Um mineirim tava no Ridijaneiro, bismado cas praia, pé discarço, sem camisa, caquele carção samba canção, sem cueca pur dibacho.
Os cariocas zombano, contano piada de mineiro. Alheio a tudo, o mineirim olhou pro marzão e num se güentô: correu a toda velocidade e deu um mergúio, deu cambaióta, pegô jacaré e tudo mais.
Quando saiu, o carção de ticido finim tava transparente e grudadim na pele.
Tudu mundo na praia tava oiano pro tamanho do “amigão” que o mineirim tinha.
O bicho ia até pertim do juêio…A turma nunca tinha visto coisa igual. As muié cum sorrisão, os homi roxo dinveja, só tinham olhos pro bicho.
O mineirim intão percebeu a situação, ficou todo envergonhado e gritou:
– Qui qui foi, uai? Seus bobãum… vão dizê qui quando oceis pula na agua fria, o pintim doceis num incói tamém…?




O EMPRESÁRIO E O MINEIRIM


Num certo dia, um empresário viajava pelo interior de Minas.
Ao ver um peão tocando umas vacas, parou para lhe fazer algumas perguntas:
– Acha que você poderia me passar umas informações?
– Claro, sô!
– As vacas dão muito leite?
– Qual que o senhor quer saber: as maiáda ou as marrom?
– Pode ser as malhadas.
– Dá uns 12 litro por dia!
– E as marrons?
– Tamém uns 12 litro por dia!
O empresário pensou um pouco e logo tornou a perguntar:
– Elas comem o quê?
– Qual? As maiáda ou as marrom?
– Sei lá, pode ser as marrons!
– As marrom come pasto e sal.
– Hum! E as malhadas?
– Tamém come pasto e sal!
O empresário, sem conseguir esconder a irritação:
– Escuta aqui, meu amigo! Por quê toda vez que eu te pergunto alguma coisa sobre as vacas você me diz se quero saber das malhadas ou das marrons,
sendo que é tudo a mesma resposta?
E o matuto responde:
– É que as maiáda são minha!
– E as marrons?
– Tamém!


INDO PARA A PESCARIA…


Os dois mineiros se encontram no ponto de ônibus em Cocalinho para uma pescaria.
– Então cumpade, tá animado? pergunta o primeiro.
– Eu tô, home!
– Ô cumpade, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
– É que tô levano uma pingazinha, cumpade.
– Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!
– Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a dô.
– É… e na outra sacola, o que qui tá levano?
– É a cobra, cumpade. Pode num tê lá..


MINEIRIM COMPRANDO PASSAGEM


O mineirin vai a uma estação ferroviária para comprar um bilhete..
– Quero uma passage para o Esbui – solicita ao atendente.
– Não entendi; o senhor pode repetir?
– Quero uma passage para o Esbui!
– Sinto muito, senhor, não temos passagem para o Esbui.
Aborrecido, o caipira se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:
– Olha, Esbui, o homem falou que prá ocê não tem passagem não!


A PESQUISADORA E O MINEIRIN


Uma pesquisadora do IBGE bate à porta de um sitiozinho perdido no interior de Minas.
– Essa terra dá mandioca?
– Não, senhora. – responde o roceiro.
– Dá batata?
– Também não, senhora!
– Dá feijão?
– Nunca deu!
– Arroz?
– De jeito nenhum!
– Milho?
– Nem brincando!
– Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
– Ah! … Se plantar é diferente..

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