Fotografia de casamento e de família – Belo Horizonte

Gente, prestenção!

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Nos últimos dois meses ministrei workshops em algumas capitais do país tais como Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Cuiabá, Manaus e Natal e cheguei a algumas conclusões que gostaria de compartilhar com meus leitores:

1. Há muitos iniciantes na fotografia de casamento, o quer dizer que o mercado se torna cada vez mais competitivo e que aqueles que não sairem da zona de conforto, fatalmente perderão espaço. Há uma tendência natural daqueles que tem muito tempo de estrada ao relaxamento. Vale a pena analisar a atual realidade e buscar novas formas de desenvolvimento profissional e do próprio negócio. Lembro-me que há 4 anos atrás, quando entrei no mercado de fotografia de casamento em Belo Horizonte, um grupo de concorrentes locais se uniram numa espécie de complô para impedir que a nossa empresa, La Foto, continuasse avançando e atendendo os clientes. O detalhe é que quem decide se o fotógrafo trabalha muito ou pouco é o próprio cliente. Nenhum fotógrafo de casamento pode impedir que o outro colega trabalhe mas pode sim atender bem seus noivos e fazer com que eles sejam seus maiores vendedores. O poder da indicação boca-a-boca é fenomenal.

2. Há uma obsessão por equipamentos. Devemos lembrar que uma boa câmera e objetivas são importantes mas não definirão se o fotógrafo é bom ou ruim. Lembre-se de que o nosso Rubens Barichello possuia a mesma Ferrari que Michael Schumacher, tantas vezes campeão mundial.
Há 6 anos atrás quando comprei minha primeira camera reflex eu achava que fotografaria melhor se tivesse as melhores lentes e equipamentos. Hoje,  ainda tento vender alguns equipamentos que adquiri e pouco usei. A falta de informação somada a míope idéia de que quanto mais equipamento melhor será o fotógrafo, só trazem benefícios aos grandes fabricantes.

3. O nível técnico dos nossos fotógrafos de casamento está cada vez mais alto. Sinto-me feliz e orgulhoso por isso pois sou o maior defensor do nosso país como líder mundial na área. Nós temos algo a favor que vai além da competencia técnica, a nossa facilidade para registrar sentimentos. O sentimento dá a nossa fotografia identidade e faz com que nossos clientes fiquem eternamente gratos.

4. Muitos fotógrafos têm buscado referências fora do país e isso faz parte do processo de aprendizagem. Eu mesmo assino inúmeros blogs de fotógrafos de outras partes do mundo. No entanto precisamos valorizar mais o que temos em casa e frizarmos que nunca teremos um local a sombra se formos cópias dos gringos. No mundo a idéia de valor está atrelada a raridade. Nós somos únicos ou somos cópias? Por que  o outro é mais valorizado que a prata? Simplesmente pelo fato de ser mais raro na natureza. Nós somos raros? Vamos refletir.

5. Há ainda uma dificuldade de visualização da importância dos produtos finais dentro da fotografia de casamento. Na minha humilde opinião eu acho que se a nossa fotografia é bem feita, ele deve ter uma excelente apresentação. Como assim? Eu fico pensando, entregar imagens em CD ou DVD não seria o mesmo que entregar um diamante embrulhado em um papel de pão? Se eu invisto em conhecimento, compro equipamentos e desenvolvo minha estética e meu olhar, será que não seria legal que meu(s) produto(s) final(is)  (álbum, ampliações) estejam a altura?

6. Ainda há muita gente fotografando em JPG. Com todo respeito aos colegas que o fazem, um dos motivos que tem elevado o nível e a qualidade das imagens no mundo é o fato de podermos contar hoje com a fotografia em RAW. É claro que para migrarmos para esse formato temos que ter claro a necessidade de nos qualificarmos para uma novo fluxo de trabalho (work flow). O que tenho falado exaustivamente a todos os meus alunos é que adquiram o software Adobre Lightroom e aprendam a utilizá-lo. Depois  disso me contem como foi! Não conheço ainda nenhum ex-usuário do Lightroom.

7. Poucos fotógrafos sabem seus diferenciais. O que eu faço melhor que os outros?

8. Poucos conhecem suas dificuldades. O que os outros fazem melhor do que eu?

9. Muita gente está preocupada com a reciclagem. O número de interessados pelos nossos workshops assim como pelos workshops, cursos e livros escritos por outros profissionais é cada vez maior. Isso mostra que em breve estaremos em um outro patamar. Em um futuro bem próximo.

O intuito desse artigo é de afirmar de que estamos no caminho certo, e que ainda temos uma longa e tortuosa estrada pela frente. A palavra profissionalismo é muito comentada hoje em dia mas ainda pouco perseguida pelos profissionais da fotografia de casamento e eventos. Ele é alcançado por uma somatória de fatores que vão desde o primeiro atendimento telefônico assim como a forma como atendemos, satisfazemos suas necessidades, a segurança que passamos, ao vínculo que criamos e a velocidade que entregamos um álbum. A fotografia é apenas o núcleo dos nossos serviços. É preciso fotografar bem sim! É importante lembrar que por mais que o fotógrafo seja muito requisitado no mercado, dificilmente fotografará por mais que 30% do seu tempo. Onde ele fica nos outros 70%? Não importa o que ele faz, mas que faça da melhor maneira possível e que nos ajude a elevar esta classe no passado desacreditada a um lugar ainda melhor!

Obrigado a todos!
Vinícius Matos

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