Para mim fotografar tem sido exercitar a minha alma. Entro em transe… Ela é única maneira que encontrei de me desacelerar e enfim buscar sutilezas e de ser mais detalhista. Ela é a minha forma de compreender a poesia, tarefa que até alguns anos atrás me parecia impossível.
Nela vejo meus defeitos nos outros, espelhos. O que me incomoda neles é o que eu tento esconder de mim mesmo. Fotografar é ser mais sensível, é descobrir que preciso mudar….. e todo santo dia.
Criar uma imagem é um desafio a medida que tento fundir um som de uma respiração, cheiros, texturas, batimentos de um coração e muito movimento.
A minha fotografia é impressão digital de minha alma, inquieta, um turbilhão. Descubro todos os dias que a ela é um meio e não um fim. É ferramenta e não um produto final. E sigo na certeza de que ela muda a medida que eu me transformo. Ou será que é o contrário?
(Obrigado ao casal Gabi e Daniel)