Essa paixão nos move…

Para aqueles que não me conhecem eu tenho 33 anos, nasci em berço de ouro e meu pai sempre meu deu o que para mim foi decisivo, informação e uma boa educação. Embora pudesse me encher de bens materias ele optou por me ensinar a pescar criando desde cedo (comecei a trabalhar com 7 anos de idade) uma noção de valor a vida e ao trabalho. Durante muito tempo achei que era muito rigor por parte dele, hoje vejo que se não fosse ele, talvez não estivesse onde estou. Quando eu disse a ele que seria fotógrafo acho que ele temeu e ficou profundamente abalado. Coisa de pai que não sabe até onde vai a insanidade de um filho impulsivo e rebelde. Hoje tenho certeza que ele me valoriza e sabe que sou o que nasci para ser, fotógrafo!

Com 26 anos de idade eu estava totalmente infeliz em minha profissão. Eu já era formado em administração, com MBA em marketing pela FGV – RJ e estava terminando uma especialização em RH também na mesma instituição. Mal sabia que essa preparação seria um dos meus diferenciais como fotógrafo num futuro próximo. Aliás, eu nem imaginava que seria fotógrafo pois acabara de comprar a minha primeira câmera, uma reflex de filme e estava lendo e fazendo alguns cursos de fotografia.

É muito engraçado, fiz 3 cursos de fotografia antes de ter a minha própria escola. Todas as três turmas foram fechadas por mim o que era um indício de que eu já levava jeito para o negócio. Depois de fazer um curso em uma escola em SP,  de macrofotgrafia, eu resolvi montar a minha própria instituição de ensino. Eu era o motoboy, vendedor, faxineiro e o severino, fazia de tudo. Só não dava aulas e nem pensava em ser fotógrafo ainda. Em outras palavras fotografava mal pacas! É bom deixar bem claro que minha escola se resumia a mim. Não tinha nem sala de aula, computador e o telefone de contato era meu celular. Morria de vergonha quando algum possível aluno dizia querer conhecer nossas instalações. Que instalações? Alugava uma sala na Associação Médica de MG só para os dias do curso.

Com o passar do tempo os negócios cresceram e hoje a ESCOLA DE IMAGEM é a maior escola de fotografia do país. Tudo isso graças a minha paixão pela fotografia e pelo cuidado com que procuramos atender nossos alunos. As pessoas que trabalham conosco tem uma instrução, atender o cliente como gostaria de ser atendidoa.  Hoje além de fotógrafo e diretor da escola sou professor e sei da importante missão que temos perante nossos alunos. A fotografia pode transformar a vida de vários deles assim como transformou a minha. Uma palavra atravessada ou frases desanimadoras podem mudar a vida de uma pessoa assim como um incentivo pode alavancar o sucesso de outras.

Em alguns momentos da minha vida encontrei pessoas que estavam preocupadas em me desanimar. O motivo, não sei ainda e prefiro não perder tempo para descobrir. A primeira delas era um fotógrafo paulista que na época era meu parceiro comercial na escola que me disse várias vezes que eu não era fotógrafo. Eu, como o tinha como referência, comecei a acreditar no que ele dizia e passei 2 anos e meio desses 6 anos de escola, sem clicar. Eu tinha vergonha das minhas imagens e me achava pior. Vejam o absurdo que eu me coloquei. Escutei uma pessoa que talvez não fosse tão amiga assim e deixei de fotografar durante 2 anos e meio. Putz……se eu pudesse voltar ao tempo eu daria uma bela banana a ele e fotografaria todos os dias desde então. Mesmo sem foco, com enquadramento pobre. Mal sabia eu que quem não era fotógrafo era ele.

A segunda pessoa que me desanimou veio há 3 anos e meio atrás quando eu resolvi fotografar meu primeiro casamento. Sei que o resultado foi muito diferente do que é hoje. Eu estava apenas começando e não tinha até então nenhuma experiência no ramo. O “elogio” partiu de uma fotógrafa que hoje é minha concorrente local em BH. Quando ela viu as minhas fotos do book da noiva ela gargalhou. Riu muito e disse, isso tá ridículo. Foram essas palavras que eu escutei. Na época eu também a considerava como amiga e fiquei com medo de prosseguir. Logo depois eu vi que mesmo estando ridículo para ela, os noivos gostaram. Resolvi então seguir em frente e desde então faço minhas fotos ridículas mas sou feliz. Ainda bem que essa segunda crítica eu não quis escutar. Eu não assimilei o golpe!

Tudo isso que escrevo aqui é uma introdução para um post que acabei de ler no blog de um aluno da Escola de Imagem, o Filipe Torres. Fiquei muito feliz por saber que de alguma forma a gente tem contribuido para a sua formação. Uma escola de fotografia não ensina apenas a fotografar mas passa a fazer parte dos sonhos das pessoas. Quantos médicos, dentistas, empresários, profissionais liberais que nos procuram com o objetivo de fazerem o que gostam? Faço até uma retificação ao post do Filipe. O Raphael Fraga é ex- biólogo pois ele ganha a vida como fotógrafo. Talvez seja um bacharel em biologia e futuro mestre em educação mas sua profissão é Fotógrafo.

Nós fotógrafos as vezes sofremos de baixa auto-estima. Vamos encher o peito e dizer que somos fotógrafos e não buscar uma profissão composta como Fotógrafo Administrador ou Fotógrafo Engenheiro. Eu sou fotógrafo e me orgulho muito disso.

Obrigado Filipe pelas palavras que são o nosso combustível. Tenho certeza que todos os nossos profissionais citados por você ficaram muito felizes com seus elogios. A gente tem sim uma preocupação especial com o cliente e com o clima da nossa escola. Erraremos sempre mas buscaremos a cada dia melhorar nossos cursos, nosso atendimento e fazer da Escola de Imagem cada dia que passa uma referência no nosso país e quem sabe um dia a faculdade que vc tanto almeja?

Com vocês o depoimento do Filipe: