Mais um capítudo do diário de um fotógrafo de casamento
“Mãos se rendem pra outras que tudo levam
Quase em extinção mãos honestas, mãos amorosas
Que nossas pobres mãos que batem as portas
Pago pra ver queimar em brasas
As mãos de bacharéis que não condenam o mal
Que inocentam réus em troca de um vil metal
Mãos de infiéis revés que não condenam
Movendo a diretriz tão fraudulenta
Sem réu e sem juiz mãos não se acorrentam
Justiça põe as mãos na consciência
Ato que fez Pilatos lavando as suas mãos
É o mesmo que injustiça feita com as próprias mãos
As mãos que fracassaram na torre de babel
Por que desafiaram as mãos do céu”.
Trecho da música “Mãos” de Zeca Pagodinho
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